sábado, 7 de novembro de 2009

Uma história de amor ...

Os antigos dizem que quando alguém muito especial, muito querido, parte deste plano, as saudades e a tristeza dos que ficam é tanta, que até o tempo acaba ficando cinzento e sem graça, como se o Sol não quisesse brilhar neste dia. A chuva, por outro lado, cai forte, densa e permite aqueles mais tímidos chorarem sem receio de serem descobertos, pois as lágrimas e a chuva que escorrem pelo rosto se misturam, caindo juntas e passando desapercebidas aos olhares dos outros.

Tarde da noite ontem, recebi a notícia de que uma amiga minha, esposa de um grande amigo meu, havia nos deixado, partido deste plano. Quase ao mesmo tempo em que a chuva começou a cair, liguei para ele para saber o que poderia fazer e se queria que eu fosse encontra-lo, enfim, essas horas os amigos são muito importantes. Ele me atendeu tranqüilo, com uma paz que ao invés de eu conforta-lo ele é que acabou me confortando, dizendo que estava tudo bem, que ela tinha descansado e que ele estava bem. Ao telefone, pediu que me acalmasse e que hoje fosse encontra-los na cerimônia póstuma.

Amanheceu um dia cinza, chuvoso e pesado, fazendo jus ao que os antigos acreditavam.

Tão logo consegui terminar as coisas de casa, saí, com a tristeza de ter que me despedir desta pessoa tão especial e linda, o amor da vida deste meu grande amigo!
E foi justamente ao pensar nisso, no amor que os dois tinham um com o outro, que senti de verdade, meu coração apertar, usando-me da chuva forte que caía, para esconder as lágrimas que escapavam junto com meus pensamentos.

Sempre acreditei no amor, em todos os casos, de diversas formas e ter uma história de amor de verdade para contar é algo que poucas pessoas tem na vida, e podem ter certeza, a história destes dois é linda.

Não os acompanhei o tempo todo, mas sei que se amaram a primeira vista, sim a primeira vista. Um belo dia, andando pela rua, iriam passar um pelo outro, tal qual passamos todos os dias por inúmeras pessoas que talvez nem mais iremos ver, só que dessa vez não foi assim, ele parou ela para conversar, na rua, em um dia qualquer, se amaram a primeira vista!

O tempo passa depressa, algumas vezes mais do que nós mesmos podemos entender, logo estavam namorando e não era um namoro qualquer, era intenso, louco como os próprios enamorados, digno de cinema, com brigas humanas, com paixão, loucuras de um casal que descobria o amor dia após dia. Algumas vezes um amor angelical, companheiro, carinhoso e meigo, outras vezes alucinado, enérgico, depravado e completo de Rock’n Roll.

Aprenderam juntos, cresceram juntos, tiveram crises, mas nada foi maior que o amor de um pelo outro! Logo estavam morando juntos, anos passaram, descobriram a vida a dois e com isso algumas vezes os problemas de transformar duas vidas tão fortes em uma vida só.

Passaram tempos longe, voltaram, se amaram mais do que nunca, afinal se amaram a primeira vista, e se é amor, ele sempre vence! Acredito nisso!

Mas o destino nos prega peças, nos põe em “check mate” e sem explicações que possamos entender testa até onde vai a nossa fé.

Assim viveram e se amam, pois o amor é eterno, maior que a vida e a morte, mais forte que qualquer outro sentimento, inexplicável!

Cheguei e encontrei meu amigo ainda com lágrimas nos olhos, pensando em tudo que vinha pensando, no amor, na despedida, na separação dessas vidas que recém começavam suas caminhadas juntos, no recente casamento dos dois e de como estavam bem, se amaram a primeira vista. As lágrimas teimavam em sair, mais uma vez ele, meu amigo me confortou!
A cerimônia passou rápida, entre alguns amigos e conhecidos que chegavam, outros que passaram para dar um abraço, meu amigo forte, amparado em uma força que eu não teria, com a paz que eu não compreendia.

Na hora da despedida, agora, já no final da noite, ele mesmo foi quem proferiu as palavras de despedida, relatou um pouco da vida dos dois, de como os dois últimos anos tinham sido maravilhosos e de como amava ela. A comoção foi geral, e confesso que enquanto escrevo ainda me escapam algumas lágrimas. Ele falou por poucos minutos, justificados pelo cansaço que três noites sem dormir causaram, enquanto acompanhava os últimos instantes de sua amada, e talvez nas últimas palavras é que pude compreender a calma que ele estava, a tranqüilidade que ele passava.
Entre as muitas coisas que ele contou, falou que não deu adeus para ela, mas sim até logo, pois tinha certeza que o tempo iria leva-lo até ela e que mesmo que para nós que ficamos o tempo algumas vezes pareça correr devagar, ele não é nada comparado a eternidade! O amor, esse sim é eterno, nossas vidas passam, o mundo passa, dinheiro, dia-a-dia, tudo passa! O amor é maior que tudo, vai além das nossas explicações e ele é perpétuo!

Um dia os dois se encontrarão de novo!
Afinal, se amaram a primeira vista!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Você Sabia?

Escutando um programa de rádio hoje,enquanto falavam das bolsas qualquer coisa dadas pelo governo, fiquei revoltado mais uma vez, com o pouco caso que fazemos de fatos que são de maior importância para todos nós! Com essa minha indignação contra esse sistema em que vivemos, trabalhamos, crescemos e somos educados, foi que resolvi levantar alguns fatos relevantes para todos nós!!

Seguem para pensamento!

Você sabia que:

Em 1997 a carga tributária era de 27% do PIB, em miúdos, de tudo, que todos nós produzimos em 1997 27% ficou para o Brasil (destes impostos deveríamos ter como contraprestação estatal, supostamente, educação, saúde, lazer, segurança e tudo mais que nossa Constituição assegura, tudo isso disponibilizado pelo Governo). É uma carga tributária alta não resta dúvidas, mas seria justificada se tivéssemos a contraprestação certa.


Em 2008 (11 anos depois, ou popular ano passado, rsrs) a mesma carga tributária sobre o PIB foi de aproximadamente 40%, mais uma vez para garantir tudo aquilo já dito, educação, saúde, segurança, etc. De tudo que produzimos, nós cidadãos médios (médio no sentido de sermos a regra, pelo menos nos meios em que vivemos) 40% ficou em impostos! Em dias, dos 365 que um ano possui, são 146 trabalhados só para pagarmos impostos.




Amigos, o Brasil recentemente, previu em seu orçamento a troca dos caças da nossa Força Aérea Brasileira, aviões com mais de 15 anos de uso, (praticamente um Chevete voador) serão trocados por aviões importados que além dos aviões trarão ao Brasil a tecnologia do qual são feitos, pois no acordo de compra é vendida a tecnologia também possibilitando a fabricação e a possível exportação, posteriormente das aeronaves aqui produzidas. Isso pelo PREÇO de apenas, 4 Bilhões de Reais. Sim, apenas 4 bilhões, pois este investimento é a garantia de um país soberano, fronteiras protegidas, militares mais capacitados, um melhor combate ao tráfico de drogas tendo em vista que grande parte da droga vem em aviões, para pistas clandestinas espalhadas.



No Rio de Janeiro, com a guerra urbana lá instaurada, onde o Tráfico domina, sustentado por milhões de usuário que não sabem as consequências de seus atos, o Governo (nosso querido companheiro Lula) anunciou que irá liberar parte do orçamento já previsto, O Valor de 100 milhões, valor esse que já era para ter ido à segurança pública do Rio de Janeiro e que deveria garantir melhor aparelhamento, mais condições técnicas e materiais de combate ao tráfico e à violência. Cabe lembrar que para subir o morro um PM carioca ganha em média MIL REAIS, arriscando não voltar para casa.



No mesmo Rio de Janeiro, a alegria foi geral, e emocionou figuras importantíssimas no nosso País, tal como o Pelé (para mim um completo idiota), há algumas semanas quando foi escolhida aquela cidade, a mesma da guerra urbana, para sediar as Olimpíadas,fato este que terá gastos para sua realização a quantia de 28 BILHÕES. Quantia essa, que se seguir a experiência do PAN irá duplicar, podendo chegar aos 50 BILHÕES de Reais, grande parte desviado em orçamentos superfaturados, obras fantasmas, entre outras formas de maracutáia.



Ou seja com os mesmos 28 bilhões poderiam destinar ao Rio de Janeiro 28 anos dos mesmos 100 milhões destinados a segurança.

Ou .. com os mesmo 28 bilhões poderíamos realizar 7 vezes as compras dos caças lá encima referidos.


Bom, para encerrar, das “Bolsas Qualquer- Coisa”, uma pergunta antes para o pessoal da mesa:

Quantas pessoas vocês conhecem que são beneficiados com alguma espécie de bolsa dessas? Bolsa família, leite, escola, educação, moradia, etc?


Pois é, e se eu falar para vocês que 1 (um) em cada 3 (três) brasileiros é beneficiado.

Um em cada Três!!!

Assim, começamos a pensar...

Durante anos criticou-se os “Currais Eleitorais” onde se compravam votos dos mais pobres com cestas-básicas.

Hoje isto é institucionalizado e faz parte de medida do governo. Será que é o correto? Aquela velha história, Damos peixes ou ensinamos a pescar?



É tanta coisa!!

sábado, 31 de outubro de 2009

Um pouco de Neruda...

Queridos amigos e leitores, tenho escrito pouco ultimamente, ando quase sem tempo para nada, com a volta do trabalho e da faculdade, infelizmente, não tenho tempo quase que nenhum para escrever. Todavia, hoje acordei com saudades de dar o meu grito “O Grito do Ogro” e como faziam alguns dias que não escrevia nada vou aproveitar.
Nestas últimas semanas muita coisa acontecendo, inúmeras possibilidades de Temas, a Falsa Crise de Honduras e o Brasil apoiando o lado errado para variar, as Olimpíadas do Rio de Janeiro e um povo que comemora sem saber o por que comemorar, no mesmo Rio de Janeiro uma guerra civil entre traficantes e Policiais, realmente assuntos que chegam a me deixar tremendo só de ouvir as notícias. Mas bem, hoje acordei meio romântico, sem motivos, e não quero escrever da política nem do ódio que sinto por muitas coisas...
Hoje vim postar um poema que estava lembrando esta noite, entre o dormir e o não dormir, enquanto penso nas muitas coisas que quase sempre penso.
O poema é um os mais lindos, deste, que ao meu ver, é um dos maiores poetas e escritores de todos os tempos, latino, chileno. Pablo Neruda em seu poema:

Farewell (partes 4 e 5)


Amo el amor que se reparte
en besos, lecho y pan.
Amor que puede ser eterno
y puede ser fugaz.
Amor que quiere libertarse
para volver amar.
Amor divinizado que se acerca
Amor divinizado que se va.


Ya no se encantarán mis ojos en tus ojos,
ya que no se endulzará junto a ti mi dolor.
Pero hacia donde vaya llevaré tu mirada
y hacia donde camines llevarás mi dolor.
Fui tuyo, fuiste mía. Qué más? Juntos hicimos
un recodo en la ruta donde el amor pasó.
Fui tuyo, fuiste mía. Tú serás del que te ame,
del que corte en tu huerto lo que he sembrado yo.
Yo me voy. Estoy triste: pero siempre estoy triste.
Vengo desde tus brazos. No sé hacía dónde voy.

... Desde tu corazón me dice adiós un niño.
Y yo le digo adiós.

Sem mais por hora, espero que gostem.
Prometo que logo postarei mais coisas, ando precisando.. rsrs

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Extremos

Um sorriso, um minuto
Tudo é tão simples ao se olhar,
Uma idéia que quase escuto,
E contra vontades, não basta lutar,
Precisa-se sentir, aceitar e aproveitar!

Os dias de chuva vem e vão,
Com eles o sol sempre aparece,
E o que mais há de nos trazer então?
Mais alegria, novo dia, tudo renasce.
Ainda entenderei os dias de chuva.

As noites passam desapercebidas,
Os dias se repetem entre melodias
Outra hora que passou, vagarosa, monótona!
Ma tudo se agita, repentinamente, sem esperarmos.
Como o mar, que com a lua se torna revolto!

Do nada ao tudo, um mundo inteiro,
Tudo são pensamentos...
E para aproveitarmos sem pressa,
Precisamos viver sem questionamentos.
Assim é a vida, de extremos a extremos,
Felicidades!

Pensar e Escrever

Com uma caneta escrevo pouco,
mas sem ela não escrevo nada.
Pois pensando torno-me um louco
transparecendo uma mente atordoada!

Cabeça que muito pensa,
Pouco guarda e pouco lembra,
Fazendo do simples raciocinar
Uma constante tormenta!

A idéia vem e motiva,
Pensamento sobrepõe pensamento,
Mas dentro da cabeça hiperativa
Já caiu no esquecimento.


Rodolfo Waterloo M. - 2001

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Guerreiro

"Todo guerreiro ja ficou com medo de entrar em combate. Todo guerreiro já perdeu a fé no futuro. Todo guerreiro já trilhou um caminho que nao era o dele. Todo guerreiro já sofreu por bobagens. Todo guerreiro já achou que nao era guerreiro. Todo guerreiro já falhou em suas obrigações. Todo guerreiro já disse "SIM" quando queria dizer "NAO". Todo guerreiro já feriu alguém que simplesmente amava. Por isso é um guerreiro; porque passou por estes desafios, e nao perdeu a esperança de ser melhor do que era."
Aos muitos guerreiros que ainda existem espalhados por este mundo!
"Hoje sou melhor que ontem! Amanahã, serei melhor que hoje!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Parte Homem... Parte Macaco...

Dizem que a humanidade, só chegou até os dias de hoje por seus instintos básicos de sobrevivência, dentre eles: Reproduzir (praticar sexo), Brigar (Utilização da violência como forma de poder) e Correr (sim correr). Logo, quando estamos praticando qualquer uma das três atividades, estamos em contato direto com nossa carga genética mais primitiva. Todavia, até que ponto podemos nos deixar seduzir por tais instintos e abdicarmos da racionalidade tão obrigatória nos dias de hoje? Será que ao aceitarmos o Estado de Direito e termos cada vez mais e mais limites à nossa postura, não estaríamos limitando nossas vontades mais íntimas?
Acredito que sim! Prova disso é o temor causado por palavras como as usadas no senado pelo ex-senador Roberto Jéferson. Não que tenham sido palavras hostis, de forma alguma, mas foram amedrontadoras, pois infelizmente, hoje em dia, nossos instintos devem ser controlados e a simples frase “Você desperta em mim os meus instintos mais primitivos!” é capaz de gerar tal sentimento de medo. Provavelmente, no senado, o instinto despertado não era o de reproduzir, nem tão pouco o de correr e o medo se fez presente em grande parte justamente por isso.
Assim vivemos controlados, sufocando a besta interna que habita em cada um de nós, limitando nossos instintos mais primitivos, nossas vontades mais íntimas em uma luta eterna entre a nossa “parte homem” (racional) e a nossa “parte macaco” (instintiva). A luta, como todas as lutas, não é igual para todas as pessoas e é bem possível que existam homens e mulheres que passarão suas vidas toda sem sentirem o gostinho da bestialidade da nossa “parte macaco”. Por outro lado, alguns de nós, pela própria natureza ou por estímulos externos são mais suscetíveis a ceder aos prazeres do instinto e levam suas vidas mais próximos dos nossos ancestrais primatas.
Ao falar desta briga entre a “parte homem” e a “parte macaco”, lembro-me de uma história que possa ilustrar um momento de confronto entre “O Homem” e “o Macaco”.
Certa vez, anos atrás em uma festa que estávamos entre quatro amigos e nove mulheres. O bom e velho rock’n roll embalava a noite, como o clipe do Metallica - Whiskey In The Jar, e entre um gole e outro de algum destilado forte fomos deixando o lado macaco ditar o que seria da noite. Felizmente, com as bebidas fortes, mesmo aqueles, e aquelas, que são mais centrados e tem sua “parte homem” (leia-se parte homem como parte racional independendo do sexo) dominante acabam por se soltar e chegam bem perto da bestialidade da liberdade fazendo com que seus instintos mais primitivos despertem.
Até onde me lembro, estávamos todos tranqüilos e apesar dos olhares similares aos dos leões que ficam a admirar suas presas, todos estávamos calmamente controlados. As mulheres dançavam, insinuantes, os homens riam, todos bebiam.
A noite passa e com ela a quantidade etílica na corrente sangüínea aumenta deixando mais próximos os homens dos macacos. Em algum momento a racionalidade some...
Acordei... O silêncio na casa era algo assustador e talvez estivéssemos sozinhos se não fosse por uma conversa que vinha de outro quarto, quase imperceptível, mantendo a casa praticamente tal qual uma igreja cristã nas tardes da semana. Caminhei até o quarto com intuito de ver quais seres haviam sobrado de gloriosa noitada. A porta estava aberta, sinal que poderia entrar sem receio de me deparar com alguma cena que revelasse a intimidade dos que ali estavam. Entrei pé por pé, calmamente e ao olhar para cama um espanto! Vejo que o então caso de um outro amigo nosso, que nem na festa estava, encontrava-se deitada ao lado, na mesma cama, em que repousava um dos amigos que participaram da noitada.
Talvez a minha cara de espanto tenha valido a noite, mas sem entender muito bem, ambos, meu amigo e a garota, foram logo explicando que não estava acontecendo nada ali e estavam realmente dormindo, lado a lado, fraternalmente.
Até aí tudo bem, isso não seria de se estranhar, exceto pelo fato de eu conhecer o meu amigo e saber que ele não deitaria ao lado de mulher nenhuma sem objetivos sexuais, pois outrora nem a própria prima escapara de suas garras. Com a minha chegada, ambos se levantaram e fomos embora os quatro pois o dia já era claro e com isso retornar a vida real seria bem mais difícil.
Na volta no carro, só eu e esse meu amigo, ele me relatou a sua luta interna, o seu dilema e como teria suportado tal prova de fogo. A garota essa era algo que podíamos chamar de bem atraente, pernas grossas, lindo rosto, um corpo realmente tentador, e se não fosse pelo fato dela ter o estigma de ser de um outro amigo nosso, certamente ele teria voado para cima dela. Era evidente que ele queria, seu lado macaco gritava, clamava por saciar sua vontade mais primitiva (esta bem diferente da do Roberto Jéferson, citada anteriormente no texto). Por outro lado, sua “parte homem” foi mais forte e conseguiu reprimir o ímpeto de agarra-la. Jamais esquecerei da volta para casa e de como ele ainda se culpava, horas por não ter feito nada, horas por ter tido vontade de fazer. A luta entre o homem e o macaco dele foi travada e naquele momento a “parte homem” saiu vitoriosa.
Talvez a garota também quisesse, talvez sua “parte macaco” (volto a lembrar que independe do sexo) também quisesse se atirar nos braços desse meu amigo esquecendo o outro que nem para a festa tinha ido encontra-la. Lembro-me que ela pouco falou a respeito, mais reservada, não entramos em detalhes, mas guardo comigo a convicção de que “sua parte homem” também deve ter sofrido para dominar os seus instintos.
Findado o episódio, anos passaram e eu ainda me pergunto: Até que ponto somos capazes de nos controlarmos? Até que ponto devemos nos controlar? Será que não esquecemos o nosso lado animal? Será que estamos atendendo nossas vontades mais primitivas? Ou reprimimos ela, escondendo e ignorando nossos instintos?
Dia-a-dia somos testados, colocados em provas que podemos escolher, ou nos rendermos aos instintos animais ou permanecermos dentro da racionalidade. Todos os dias escolhemos continuar como homens ou voltar a sermos macacos.
O que você vai fazer? Homem ou Macaco?
Particularmente prefiro minha “parte macaco”, fiel aos meus instintos e menos preocupado com a racionalidade dos homens!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Alterando o Pensamento!

"Quando Deus fecha uma porta...
Eu derrubo ela e mande se fuder!
Por que nada pode me parar!"

Palavras ...

Sem medo de errar cheguei até aqui,
Sem saber o que fazer, avanço!
A certeza é que terei que continuar,
Mais um dia de luta e poucas palavras.

Me resguardo, me reservo, me aquieto.
Sorrisos falsos para evitar perguntas,
Sem muita vontade, caminho,
E no meio da multidão ainda me sinto só!

As velhas músicas continuam,
Os bons dias virão de volta!
Entre Lágrimas e suspiros, Sorrisos.
Outro dia que se acaba!

Quisera eu ser feito de aço!
Frio, duro e sem alma.
Talvez assim, nada me tocasse.
E sem sentir, não sofresse!

Mas nada pode me parar,
Como um Panzer de guerra, eu sigo!
Como o Tanque que em meu peito Carrego!
Indestrutível!

sábado, 29 de agosto de 2009

Barroom Hero


Essa música não foi feita para ele, mas bem que poderia!!



Barroom Hero
Dropkick Murphys

Face down in the gutter,
won't admit defeat though his clothes are soiled and black,
he's a big strong man with a child's mind,
don't you take his booze away... (hey!)

He's been at it for years drinkin balls and beers,
he's a hero to most he meets (hey hey hey!)
but inside he cries black swolen eyes,
this man he sheds no tears.
Now his wife and kids sing a different tune
as they worry bout their daddy dyin (hey hey hey!)
but this arrogant fool breaks every rule
it'll be nothin but pride that kills him

[chorus]
Can he listen no he wont,
that's all she wrote,
he'll be dead before the daylight shines,
but the thoughts and prayers
of a million strong might keep this fool from dying. (x2)
[chorus]

He's a legend in the bar with every scar,
fights a thousand bigger men (hey hey hey)
now he fights and loses
got all the bruises
will someone please step in?
Cause this Irish fools got a great big heart,
he keeps climbing back into the ring (hey hey hey),
in the low down circles where he holds his court,
this man he once was king...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Teoria Dos Círculos Suspensos

Certa vez, conversando com um tatuador filipino, crescido no Canadá e que andava aqui por Porto Alegre, entre uma amenidade e outra, acabamos por cair em algo que me fez pensar muito. Ele já nos seus quase cinqüenta anos, eu com minha experiência de vida em fase inicial, mas já muito intensa, conversávamos sobre amizade, romances, convivências de todos os tipos entre as pessoas. Conversávamos como podemos estar por algum tempo tão próximos de alguém e com o passar de anos, ou mesmo de meses nos afastarmos por completo desta pessoa, mesmo que por ela ainda guardemos grande carinho?
Tentávamos entender por que após um período de tempo uma amizade, ou mesmo um namoro, um casamento, nós acabamos nos afastando de quem gostamos. Seguindo cada um seu curso de vida, buscando realizar suas experiências e traçar seu caminho.
Naquele momento não chegamos a conclusão alguma. Acho que existem conversas que nos servem para pensar e não para concluir e esta foi uma delas.
Todavia meus pensamentos sobre o assunto continuaram, pois algumas das pessoas mais maravilhosas que conheci, infelizmente, não estão mais próximos de mim. O carinho que sinto por muitas delas é o mesmo, todavia a vida e seu constante movimento acabaram nos pondo em caminhos distintos, levando a lugares longínquos, objetivos diversos ou mesmo fazendo-as com que partissem deste plano em que continuamos.
E das muitas coisas que me fizeram pensar em tal conversa, a que guardei comigo e que, de verdade, acredito fazer sentido é a “TEORIA DOS CÍRCULOS SUSPENSOS”, este nome certamente eu que dei, pois imaginando o que ele me contava foi assim que pude denomina-la e com vocês gostaria de compartilha-la.
Antes, todavia, vamos falar um pouco mais deste tal meu amigo e de como surgiu esta teoria Ele já com seus quase cinqüenta anos, viveu a infância nas Filipinas e com a transferência de seu pai para o Canadá cresceu e estudou por lá, onde cursou o que aqui seria a Faculdade de Artes Plásticas. Colocando uma linha do tempo, até este período de faculdade, já teríamos retrocedido mais ou menos trinta anos. Mas nesta conversa que fizemos, e a origem da “Teoria dos Círculos Suspensos”, ele atribui tal idéia a um professor dele, ou seja, mais algumas décadas de vivência.
Segundo este meu amigo tatuador, o professor dele foi Hippie, e ao melhor estilo do filme “Easy Rider - Sem destino” vivenciou toda lissergia dos anos 60, logo a teoria dele provavelmente veio de algum momento de profunda meditação, ou um momento muito louco mesmo.
Pois bem, a teoria dele é bem simples de ser imaginada e sem nenhum grande esforço podemos visualiza-la, mesmo sem a tal lissergia do professor que a inventou. Segundo o professor, e eu concordo ou pelo menos acho interessante de se pensar assim, cada um de nós (eu, você, seu melhor amigo, sua ex-esposa, etc) correspondemos a um Círculo, gravitando livremente em todos os sentidos e direções, com rotação própria e em todos os eixos. Assim vivemos, girando e gravitando, horas em um sentido, horas em uma direção, mas nunca estáticos. Bom, até aí acho que conseguiram imaginar.
Enquanto isso, cada círculo, correspondente a cada pessoa, gravita no mesmo plano que os demais círculos (as outras pessoas), próximos ou distantes, mas todos independentes com seus movimentos próprios em sentidos e direções próprias.
Destes movimentos é que surgem as relações, do exato momento em que um CÍRCULO toca no outro, assim eu conheci vocês. As relações acontecem no período que estes círculos gravitam juntos, congruentes, algumas vezes isso dura até partirmos de um plano para outro, outras vezes a passagem pode ser quase que imperceptível, rápida como se nem ocorresse ligação alguma e algumas vezes dura o tempo necessário para que estes círculos troquem a matéria necessária para continuar em suas evoluções. Enquanto estiverem girando no mesmo sentido e na mesma direção eles permanecerão unidos e assim uma pessoa estará próxima da outra. Todavia, os círculos continuam a gravitar e nada impede que eles sigam outras direções, outros sentidos, e com isso as pessoas acabam se afastando e seguindo seus caminhos. Assim esse círculo se ligará em outros e assim pessoas novas surgirão na sua vida e em algum momento partirão, como círculos suspensos, gravitando livremente.
Mas os círculos não são de uma matéria sólida. Cada círculo é feitos de energia, e quando um círculo congrue com o outro ele deixa marcas e trocam um pouco da sua matéria, fazendo com que mesmo depois que os círculos voltem a gravitar separados nunca mais sejam os mesmos, pois as marcas de nossas uniões (amigos, amores, desafetos, etc) são para sempre em nós mesmos e naqueles com quem convivemos.
Assim a “Teoria dos Círculos Suspensos” entrou na minha vida, fazendo com que pensasse muito sobre o início, a duração e o fim.


Rodolfo Waterloo M.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Tic - Tac

Um minuto,
O relógio não para,
Nada completo, são só inícios...
Querer mais...
Entender mais...
Ser mais ...
Poder mais...
Mas agora ainda não é possível.
A vida moderna não nos deixa escolhas quanto ao tempo!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A Roda da Vida


Nada permanece igual,
Os dias vão passando e mal percebemos isso
Ainda lembro dos dias passados,
Distantes e próximos, mas nunca iguais,
Imperfeitos nos prazeres e nos desencantos,

A vida segue seu rumo,
Horas mais rápida, horas mais lenta,
A roda da vida gira, é assim que é, não para!
Como um ciclo constante, não para!
De início ao reinício, do verão ao verão.

Vejo um raio de sol nascer, entre as nuvens,
No horizonte, a primavera deve estar próxima,
Pelo menos torço para que esteja,
Quem sabe com ela floresçam,
Mais do que as simples roseiras,

A roda da vida não para, continua!
E o que era dúvida pelo amanhã,
É certeza de dias melhores,
De vida, alegria e paz,
Se não, tudo isso teria sentido?

Luz e Sombra, Amor e Ódio
Tensão e Prazer, Doce e Amargo,
Do Caos do universo nascem as estrelas!
Precisamos dos contrastes para dar o devido valor à vida!

Enxergando ou simplesmente olhando?

Antes de começar a escrever sobre propriamente o tema que pensei em escrever, gostaria de contextualizar dois episódios que aconteceram há pouco tempo para que possamos usar de introdução.
Episódio 1 - Encontrávamos numa festa dois amigos e eu, curtindo, dando risada, tomando nossa água. Quando vejo que uma garota que estava no círculo de pessoas imediatamente atrás de nós, começou a falar mal dos meus amigos e de mim para o rapaz que estava com ela. Chegou a ser engraçado, pois realmente chamamos atenção onde quer que estejamos, mas naquele momento estávamos no meio da festa, rindo e aproveitando, pouco ligando sobre os reflexos dos nossos treinos diários, no que pode se dizer ao nosso tamanho. Transcorrido algum tempo, aproveitei para dar uma olhada no público feminino que estava na direção deste casal, e vi que ela continuava a falar mal de nós, dos meus amigos e de mim, para o seu companheiro.
Eu pouco me importei e virei para outro lado onde outro grupo de gurias, que talvez não compartilhando com a opinião da que estava com o companheiro, estas sim, estavam nos olhando, como posso dizer? Com olhar de cobiça! (rsrs)
O fato de alguém falar mal de mim não mereceria uma linha sequer. Todavia, quando volto a atenção para meus camaradas, vejo que um deles viu os comentarias da tal garota, e ele ao contrário de mim, ficou ofendido e chateado com a situação. Ta certo que a intenção dele, a princípio, era ir e de uma forma mais incisiva partir para cima do casal para tirar satisfações da garota pelos comentários e do companheiro dela por deixar ela, repetidas vezes falar mais do que devia, mas ao mesmo tempo que esse ímpeto inicial foi passando, vi que meu amigo foi ficando mais triste do que brabo e com uma simples frase resumiu a sensação que tivemos: - Por que isso cara? Ela nem nos conhece para falar assim.

Episódio 2: Há muito tempo escrevo, talvez mais pensasse do que escrevesse e o objetivo deste Blog é justamente mudar isto, dar vazão aos meus pensamentos e escrever aquilo que sinto, penso, passo, imagino, invento, etc. Não sei como deve ser a aparência de um cara intelectual, mas acho que a minha, para algumas pessoas não é. Não que acredite que inteligência tenha cara, não mesmo, sou contra qualquer tipo de rotulação por estereótipo e acho até que se fossem me ver sem terno com uma roupa mais caseira, eu estaria quase no perfil lambrosiano. Todavia com meus escritos e com a publicação de alguns textos o comentário mais notório foi de surpresa! E é aí que passo a escrever sobre o título do texto.

Enxergando ou simplesmente olhando.
Histórias tão diferentes, mas com o mesmo sentido. Há todo momento estamos limitados ao que os nossos olhos nos trazem e a maneira que interpretamos estas informações.
Do dicionário: Enxergar – 1 ver, 2 entrever, 3 pressentir.
Olhar – Dirigir os olhos para.
Assim, se enxergar é ver e olhar é dirigir os olhos para alguma coisa, temo que não enxergamos mais o que nos rodeia, não enxergamos mais aqueles que passam por nós e tão pouco enxergamos a nós mesmos. Simplesmente olhamos, passamos os olhos, superficiais, com pressa, sem paciência capturando aquilo que os olhos passam e não mais vendo realmente o que cada um é ou o que cada coisa pode ser.
Gostaria de acreditar que não estamos assim, que ainda conseguimos captar “as essências” ou será que os contos Machadianos, com sua eterna luta entre “o ser” e “o parecer ser” ficaram esquecidos nos dias de hoje e para nós, homens e mulheres dos anos 2000 só nos restou o “parecer ser”. O tempo todo imagens nos são lançadas, conceitos nos são empurrados e acabamos aceitando tudo isso. Olhar alguém é diferente de ENXERGAR alguém, saber que uma pessoa não é só aquilo que ela aparenta ser, mas é sim sua essência, seu interior, sua vivência. Será que conseguimos fazer isso?
Confesso que não sou livre deste “pecado”, nem julgo quem não seja, pois infelizmente assim é que vivemos hoje em dia. Somos limitados, doutrinados a olhar sem enxergar, aceitando imagens sem conteúdo, rótulos que não nos dizem o que trazem nos seus interiores. Tarefa árdua tentar mudar isso, mas não podemos nos limitar, é preciso sim enxergar! Obrigar os nossos olhos a serem mais do que meros observadores. Fazer com que eles como “janelas da alma” que são, se portem como tais!
Por que será que é tão difícil não julgar? Por que será que é tão difícil conhecer realmente antes de tirarmos conclusões? Por que olhar é tão mais fácil que enxergar?
Eu tentarei, me permitirei, farei o possível para ver através do que simplesmente se olha.
Quero de uma forma verdadeira enxergar o mundo!
E você?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Simples

“Palavras Jogadas...
Sem rima e sem métrica,
Um caos de letras e idéias
Um poema não precisa ter forma,
Precisa apenas, de sentimento.

Um sorriso e uma lágrima,
Tênue linha entre alegria e tristeza,
Mas como saber a importância de um
Se não tivéssemos a dor do outro.

A métrica fica esquecida,
Hoje em dia esquecemos de tanta coisa.”

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Perdido entre idéias e desejos, procurando o caminho para vencer, sem medo de errar, mas com pressa em acertar de primeira. Sou assim, Leonino, prematuro, com pressa pela vida e com meus objetivos.
Ansioso, atencioso, apaixonado, enlouquecido, único. Uno o bruto e o gentil em uma mesma pessoa, posso ser seu melhor sonho ou seu pior pesadelo. Amo as rosas e seu perfume, mas também sei que o mundo é um lugar cruel e que a maioria das pessoas não vão estar nem aí para você.
Quero a vida agora, urgente, intensa, profunda, com todos seus desenhos, gostos e perfumes, quero tudo... e se não puder me ajudar com isso, por favor não me atrapalhe!
Amo música e minha vida tem inúmeras músicas temas, algumas vão e voltam e só eu sei o quanto “Paranoid” é especial para mim, se bem que N.I.B também seria uma boa pedida...E Ace Of Aspades do Motorhead também cantam sobre mim. Nossa se fosse me definir por músicas este texto seria a nova bíblia em extensão. E tudo depende do dia e do clima que estou, pois posso acordar ao som de um bom Ska ou ao mais denso, pesado e poluído Metal Extremo, passando por muito HardCore e Rock’n Roll escuto de tudo! Sem falar em música clássica que estudei durante muitos anos e é uma das minhas paixões também.
Sou Exigente, exigente de mais, comigo e com aqueles que me rodeiam, amigos, mulheres, chefes, subalternos, familiares, com todos e isso acaba por me gerar frustrações tanto quanto a mim mesmo como, em especial, com os outros.
Confio uma vez, amo uma vez, sou amigo uma vez, talvez não aprender a dar a segunda chance seja meu maior defeito e aprendi que tudo na vida pode ser feito, algumas coisas uma vez só! (tipo os cogumelos comestíveis, todos são, alguns uma vez só). Não volto atrás, decidido é decidido e por mais que possa sofrer, é assim que sou! Para ilustrar isso, faço minhas as palavras que supostamente são atribuídas ao Marechal Floriano Peixoto: “Se eu avançar segue-me, se eu morrer vinga-me, se eu recuar mate-me”.
Tenho certeza que encontrarei meu lugar, minha esposa, família e filhos, sonho com isso, apesar de ser piegas!
Quem sabe uma hora encontrarei. “Não posso contar do paraíso” não estive lá, não sei se existe, mas se existir, espero que seja o Valhala, “Mas ainda acredito em anjos” acredito em tudo de melhor, no belo, na paz, no amor, na vida, na minha vida e na minha paz e que como um anjo ela virá.
Entre chorar e sorrir, prefiro sorrir, mas entre sorrir para qualquer um e andar de óculos e cara fechada, certamente me verão de cara fechada!
Choro pouco, quase nunca para falar a verdade, mas já chorei de verdade, chorei por amor, por solidão, por alegria e de emoção.
Sou assim, mil em um, amante, romântico, talvez nascido no tempo errado, talvez perdido entre os pensamentos.
E a partir de agora postarei aqui neste espaço meus textos, pensamentos e reflexões.
Não pretendo agradar, não pretendo fazer fama, e se você está lendo até aqui, leu por que quis.
Escreverei histórias e estórias, reais e imaginárias, lendárias e como no início de alguns filmes: QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE É MERA COINCIDÊNCIA.
Grito do Ogro, quase um primata, um intelectual, muito além do que possas ver e se for limitado aos que os olhos vêem, desculpe, mas não me interesso pelo que você é.
Abraços e Beijos, sorrisos, ou quem sabe um simples sacudir de cabeça por de trás dos óculos escuros com a testa franzida.