Insônia e algumas digressões de fácil exegese... da noite de Porto Alegre.
Repetitiva, talvez desmotivada, mas vejamos...
Mulheres de meia idade ou menos, caçando homens de idade e meia ou mais.
Vestidos minúsculos, talvez maiores que seus conteúdos, e aquela velha máxima parece apropriada cada vez mais, garrafas cheias e pessoas vazias!
Eles...quem se importa? Vestem qualquer coisa... o importante está na carteira, sob o dourado e negro do cartão de crédito.
Dessa vez não há cerveja, mas champagne comprada no Uruguai e vendida na rua mais cara da cidade como se realmente viesse de Champagne sob os vestidos da viúva.
Bebidas caras, mais caras até mesmo do que se o garçom fosse garçonete e trouxesse a bebida dançando, como em muitas casas de tolerância.
O que não seria uma má idéia.... Está aí ... em uma próxima oportunidade sugiro que subam todas na mesa, enquanto saio desapercebido.
Talvez se assim fosse, me pareceria mais verdadeira a noite do que eu vejo.
Observo, escuto, um pop brega decadente de um famoso cantor que nunca fez sucesso algum, exceto um maldito hit da novela ... um violão desafinado e velhos fados.
Como faz falta um bom rock...
Completa-se a noite...eu ainda observo... presenças ilustres?
Sim, por óbvio, eu, um escritor do jornal, alguns músicos, meia dúzia de empresários, um traficante e putas que transitam entre a sociedade em busca de um partido perfeito.
Saio ainda carregado de um perfume doce qualquer... fujo para minha casa, na longínqua zona sul... que em minutos vejo chegar cortando a cidade como se as sombras me fizessem flutuar.
Aaaa ...a minha casa... como é bom... e a certeza de que ganhei quatro horas a menos de sono....