Queridos amigos e amigas, ontem
tive uma fabulosa e emocionante experiência.
Ontem fui com o pessoal da firma
ao Zoo aqui de São Paulo, acompanhar os meninos e as meninas do CEBASP, um
abrigo com crianças de diversas histórias.
Nesse passeio, em poucas horas
acompanhados por esses anjinhos, percebi o quanto é gratificante poder dar
atenção e carinho a quem precisa, e acima de tudo, o quanto é maior o amor e o
carinho que ganhamos em troca!
Sei que muitas vezes o tempo é
curto, a vida é corrida, mas confesso que as lições aprendidas no dia de ontem
merecem muito a dedicação de tão nosso tempo.
Muitas vezes, não damos o devido
valor as coisas simples da vida e em contato com essa molecada (gurizada) do
CEBASP, pude dedicar um pouco do meu carinho e energia a esses anjinhos que
certamente me deram muito mais amor do que conseguia imaginar que receberia.
Foram muitos os momentos
emocionantes e o mais difícil foi dar tchau sem poder levar todos eles embora
comigo. Realmente aproveitei muito, voltei a ser criança e só tenho a agradecer
ao fabuloso dia e a oportunidade!
Em vários momentos me senti como
no filme "um tira no jardim de infância" ...pulando, correndo,
brincando e carregando por vezes três ou mais molequinhos nos meus braços!
Realmente
voltei a ser criança junto deles!
Me emocionei muitas vezes... e se
não há dinheiro no mundo que recompense o amor de uma criança, imagine o amor
de dezenas delas!
Nos meus ombros, nessa foto, está
o Ronald que mora desde pequenininho no abrigo, com o irmão, ele tem 10 anos e
é mais do que inteligente, é bom de papo, carinhoso, simpático engraçado, um
charme só e, certamente, voltarei para vê-lo!
Ao final do dia, ele olhar nos
meus olhos e dizer: - Te amo tio, obrigado... não tem como não se emocionar!
Para terminar, gostaria de deixar
as palavras do João, outro menino de 10 anos, hiperativo como eu e com quem
corri o Zoo todo, e que logo ao descer do ônibus em que vieram, me olhou e
fomos um ao encontro do outro, como se soubesse que era eu que teria pique para
carregar ele para todo o lado.
Ao passarmos
pela jaula da onça pintada, sozinha na jaula, o João vira para mim e diz:
- Tio, a onça deve estar triste
né?
Eu perguntei o
porque dele ter achado isso, afinal, ao meu olhar, já livre das influências de
Saint Exupery e do Pequeno Príncipe, não conseguia imaginar o motivo da
pergunta do guri.
Eis que o
João, com a genialidade e pureza única das crianças me responde:
- Porque a onça está sozinha aí
tio... e ela deve estar sentindo falta da família dela... e é muito triste não
ter família.
Não precisei dizer mais nada, a
não ser dar um abraço forte nele e tentar esconder minha emoção e as lágrimas
embaixo do óculos escuro.
Em um segundo senti saudades da
minha mãe, falta do meu irmão, voltei às imagens de minha infância e tudo o que
ele disse realmente fez sentido.
Família é o
que temos de mais importante nessa vida!
Logo após, entre cosquinhas e
risadas, seguimos, o João e eu, correndo pelo parque, aproveitando cada segundo juntos e entendendo o que só dois órfãos poderiam ter na companhia um do outro!