domingo, 16 de setembro de 2012

A inexplicável arte de ganhar amor fazendo o bem!


Queridos amigos e amigas, ontem tive uma fabulosa e emocionante experiência.

Ontem fui com o pessoal da firma ao Zoo aqui de São Paulo, acompanhar os meninos e as meninas do CEBASP, um abrigo com crianças de diversas histórias.

Nesse passeio, em poucas horas acompanhados por esses anjinhos, percebi o quanto é gratificante poder dar atenção e carinho a quem precisa, e acima de tudo, o quanto é maior o amor e o carinho que ganhamos em troca!

Sei que muitas vezes o tempo é curto, a vida é corrida, mas confesso que as lições aprendidas no dia de ontem merecem muito a dedicação de tão nosso tempo.

Muitas vezes, não damos o devido valor as coisas simples da vida e em contato com essa molecada (gurizada) do CEBASP, pude dedicar um pouco do meu carinho e energia a esses anjinhos que certamente me deram muito mais amor do que conseguia imaginar que receberia.

Foram muitos os momentos emocionantes e o mais difícil foi dar tchau sem poder levar todos eles embora comigo. Realmente aproveitei muito, voltei a ser criança e só tenho a agradecer ao fabuloso dia e a oportunidade!

Em vários momentos me senti como no filme "um tira no jardim de infância" ...pulando, correndo, brincando e carregando por vezes três ou mais molequinhos nos meus braços! 

Realmente voltei a ser criança junto deles!

Me emocionei muitas vezes... e se não há dinheiro no mundo que recompense o amor de uma criança, imagine o amor de dezenas delas!

Nos meus ombros, nessa foto, está o Ronald que mora desde pequenininho no abrigo, com o irmão, ele tem 10 anos e é mais do que inteligente, é bom de papo, carinhoso, simpático engraçado, um charme só e, certamente, voltarei para vê-lo!
Ao final do dia, ele olhar nos meus olhos e dizer: - Te amo tio, obrigado... não tem como não se emocionar!

Para terminar, gostaria de deixar as palavras do João, outro menino de 10 anos, hiperativo como eu e com quem corri o Zoo todo, e que logo ao descer do ônibus em que vieram, me olhou e fomos um ao encontro do outro, como se soubesse que era eu que teria pique para carregar ele para todo o lado.

Ao passarmos pela jaula da onça pintada, sozinha na jaula, o João vira para mim e diz:
- Tio, a onça deve estar triste né?

Eu perguntei o porque dele ter achado isso, afinal, ao meu olhar, já livre das influências de Saint Exupery e do Pequeno Príncipe, não conseguia imaginar o motivo da pergunta do guri.

Eis que o João, com a genialidade e pureza única das crianças me responde:

- Porque a onça está sozinha aí tio... e ela deve estar sentindo falta da família dela... e é muito triste não ter família.

Não precisei dizer mais nada, a não ser dar um abraço forte nele e tentar esconder minha emoção e as lágrimas embaixo do óculos escuro.

Em um segundo senti saudades da minha mãe, falta do meu irmão, voltei às imagens de minha infância e tudo o que ele disse realmente fez sentido.

Família é o que temos de mais importante nessa vida!

Logo após, entre cosquinhas e risadas, seguimos, o João e eu, correndo pelo parque,  aproveitando cada segundo juntos e entendendo o que só dois órfãos poderiam ter na companhia um do outro!

Enfim, um grande dia, grande ação e realmente repetirei mais vezes mais!