terça-feira, 15 de setembro de 2009

Extremos

Um sorriso, um minuto
Tudo é tão simples ao se olhar,
Uma idéia que quase escuto,
E contra vontades, não basta lutar,
Precisa-se sentir, aceitar e aproveitar!

Os dias de chuva vem e vão,
Com eles o sol sempre aparece,
E o que mais há de nos trazer então?
Mais alegria, novo dia, tudo renasce.
Ainda entenderei os dias de chuva.

As noites passam desapercebidas,
Os dias se repetem entre melodias
Outra hora que passou, vagarosa, monótona!
Ma tudo se agita, repentinamente, sem esperarmos.
Como o mar, que com a lua se torna revolto!

Do nada ao tudo, um mundo inteiro,
Tudo são pensamentos...
E para aproveitarmos sem pressa,
Precisamos viver sem questionamentos.
Assim é a vida, de extremos a extremos,
Felicidades!

Pensar e Escrever

Com uma caneta escrevo pouco,
mas sem ela não escrevo nada.
Pois pensando torno-me um louco
transparecendo uma mente atordoada!

Cabeça que muito pensa,
Pouco guarda e pouco lembra,
Fazendo do simples raciocinar
Uma constante tormenta!

A idéia vem e motiva,
Pensamento sobrepõe pensamento,
Mas dentro da cabeça hiperativa
Já caiu no esquecimento.


Rodolfo Waterloo M. - 2001

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Guerreiro

"Todo guerreiro ja ficou com medo de entrar em combate. Todo guerreiro já perdeu a fé no futuro. Todo guerreiro já trilhou um caminho que nao era o dele. Todo guerreiro já sofreu por bobagens. Todo guerreiro já achou que nao era guerreiro. Todo guerreiro já falhou em suas obrigações. Todo guerreiro já disse "SIM" quando queria dizer "NAO". Todo guerreiro já feriu alguém que simplesmente amava. Por isso é um guerreiro; porque passou por estes desafios, e nao perdeu a esperança de ser melhor do que era."
Aos muitos guerreiros que ainda existem espalhados por este mundo!
"Hoje sou melhor que ontem! Amanahã, serei melhor que hoje!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Parte Homem... Parte Macaco...

Dizem que a humanidade, só chegou até os dias de hoje por seus instintos básicos de sobrevivência, dentre eles: Reproduzir (praticar sexo), Brigar (Utilização da violência como forma de poder) e Correr (sim correr). Logo, quando estamos praticando qualquer uma das três atividades, estamos em contato direto com nossa carga genética mais primitiva. Todavia, até que ponto podemos nos deixar seduzir por tais instintos e abdicarmos da racionalidade tão obrigatória nos dias de hoje? Será que ao aceitarmos o Estado de Direito e termos cada vez mais e mais limites à nossa postura, não estaríamos limitando nossas vontades mais íntimas?
Acredito que sim! Prova disso é o temor causado por palavras como as usadas no senado pelo ex-senador Roberto Jéferson. Não que tenham sido palavras hostis, de forma alguma, mas foram amedrontadoras, pois infelizmente, hoje em dia, nossos instintos devem ser controlados e a simples frase “Você desperta em mim os meus instintos mais primitivos!” é capaz de gerar tal sentimento de medo. Provavelmente, no senado, o instinto despertado não era o de reproduzir, nem tão pouco o de correr e o medo se fez presente em grande parte justamente por isso.
Assim vivemos controlados, sufocando a besta interna que habita em cada um de nós, limitando nossos instintos mais primitivos, nossas vontades mais íntimas em uma luta eterna entre a nossa “parte homem” (racional) e a nossa “parte macaco” (instintiva). A luta, como todas as lutas, não é igual para todas as pessoas e é bem possível que existam homens e mulheres que passarão suas vidas toda sem sentirem o gostinho da bestialidade da nossa “parte macaco”. Por outro lado, alguns de nós, pela própria natureza ou por estímulos externos são mais suscetíveis a ceder aos prazeres do instinto e levam suas vidas mais próximos dos nossos ancestrais primatas.
Ao falar desta briga entre a “parte homem” e a “parte macaco”, lembro-me de uma história que possa ilustrar um momento de confronto entre “O Homem” e “o Macaco”.
Certa vez, anos atrás em uma festa que estávamos entre quatro amigos e nove mulheres. O bom e velho rock’n roll embalava a noite, como o clipe do Metallica - Whiskey In The Jar, e entre um gole e outro de algum destilado forte fomos deixando o lado macaco ditar o que seria da noite. Felizmente, com as bebidas fortes, mesmo aqueles, e aquelas, que são mais centrados e tem sua “parte homem” (leia-se parte homem como parte racional independendo do sexo) dominante acabam por se soltar e chegam bem perto da bestialidade da liberdade fazendo com que seus instintos mais primitivos despertem.
Até onde me lembro, estávamos todos tranqüilos e apesar dos olhares similares aos dos leões que ficam a admirar suas presas, todos estávamos calmamente controlados. As mulheres dançavam, insinuantes, os homens riam, todos bebiam.
A noite passa e com ela a quantidade etílica na corrente sangüínea aumenta deixando mais próximos os homens dos macacos. Em algum momento a racionalidade some...
Acordei... O silêncio na casa era algo assustador e talvez estivéssemos sozinhos se não fosse por uma conversa que vinha de outro quarto, quase imperceptível, mantendo a casa praticamente tal qual uma igreja cristã nas tardes da semana. Caminhei até o quarto com intuito de ver quais seres haviam sobrado de gloriosa noitada. A porta estava aberta, sinal que poderia entrar sem receio de me deparar com alguma cena que revelasse a intimidade dos que ali estavam. Entrei pé por pé, calmamente e ao olhar para cama um espanto! Vejo que o então caso de um outro amigo nosso, que nem na festa estava, encontrava-se deitada ao lado, na mesma cama, em que repousava um dos amigos que participaram da noitada.
Talvez a minha cara de espanto tenha valido a noite, mas sem entender muito bem, ambos, meu amigo e a garota, foram logo explicando que não estava acontecendo nada ali e estavam realmente dormindo, lado a lado, fraternalmente.
Até aí tudo bem, isso não seria de se estranhar, exceto pelo fato de eu conhecer o meu amigo e saber que ele não deitaria ao lado de mulher nenhuma sem objetivos sexuais, pois outrora nem a própria prima escapara de suas garras. Com a minha chegada, ambos se levantaram e fomos embora os quatro pois o dia já era claro e com isso retornar a vida real seria bem mais difícil.
Na volta no carro, só eu e esse meu amigo, ele me relatou a sua luta interna, o seu dilema e como teria suportado tal prova de fogo. A garota essa era algo que podíamos chamar de bem atraente, pernas grossas, lindo rosto, um corpo realmente tentador, e se não fosse pelo fato dela ter o estigma de ser de um outro amigo nosso, certamente ele teria voado para cima dela. Era evidente que ele queria, seu lado macaco gritava, clamava por saciar sua vontade mais primitiva (esta bem diferente da do Roberto Jéferson, citada anteriormente no texto). Por outro lado, sua “parte homem” foi mais forte e conseguiu reprimir o ímpeto de agarra-la. Jamais esquecerei da volta para casa e de como ele ainda se culpava, horas por não ter feito nada, horas por ter tido vontade de fazer. A luta entre o homem e o macaco dele foi travada e naquele momento a “parte homem” saiu vitoriosa.
Talvez a garota também quisesse, talvez sua “parte macaco” (volto a lembrar que independe do sexo) também quisesse se atirar nos braços desse meu amigo esquecendo o outro que nem para a festa tinha ido encontra-la. Lembro-me que ela pouco falou a respeito, mais reservada, não entramos em detalhes, mas guardo comigo a convicção de que “sua parte homem” também deve ter sofrido para dominar os seus instintos.
Findado o episódio, anos passaram e eu ainda me pergunto: Até que ponto somos capazes de nos controlarmos? Até que ponto devemos nos controlar? Será que não esquecemos o nosso lado animal? Será que estamos atendendo nossas vontades mais primitivas? Ou reprimimos ela, escondendo e ignorando nossos instintos?
Dia-a-dia somos testados, colocados em provas que podemos escolher, ou nos rendermos aos instintos animais ou permanecermos dentro da racionalidade. Todos os dias escolhemos continuar como homens ou voltar a sermos macacos.
O que você vai fazer? Homem ou Macaco?
Particularmente prefiro minha “parte macaco”, fiel aos meus instintos e menos preocupado com a racionalidade dos homens!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Alterando o Pensamento!

"Quando Deus fecha uma porta...
Eu derrubo ela e mande se fuder!
Por que nada pode me parar!"

Palavras ...

Sem medo de errar cheguei até aqui,
Sem saber o que fazer, avanço!
A certeza é que terei que continuar,
Mais um dia de luta e poucas palavras.

Me resguardo, me reservo, me aquieto.
Sorrisos falsos para evitar perguntas,
Sem muita vontade, caminho,
E no meio da multidão ainda me sinto só!

As velhas músicas continuam,
Os bons dias virão de volta!
Entre Lágrimas e suspiros, Sorrisos.
Outro dia que se acaba!

Quisera eu ser feito de aço!
Frio, duro e sem alma.
Talvez assim, nada me tocasse.
E sem sentir, não sofresse!

Mas nada pode me parar,
Como um Panzer de guerra, eu sigo!
Como o Tanque que em meu peito Carrego!
Indestrutível!