quinta-feira, 6 de maio de 2010

Intrigante...

Nunca imaginei te ter,
Tão pouco, ousei querer,
Mas me despertaste um momento,
Fazendo da Paz quase um tormento,
Que nem mesmo sei explicar!

Sentimentos fraternos que perdi,
Arrebatou-me ao acaso para ti,
Demônio de formas tão perfeitas,
Sintonia única!
Entre o fogo dos teus olhos,
E a paz do teu sorriso!

Teu sorriso de anjo que era,
Um demônio com face singela,
Me perdi, tu ganhastes, eu confesso!
Atitude essa um reflexo,
De nós dois, nossos fogos, o inferno!

Anjo ou Demônio, o que era?
Já não mais me importa saber,
Pois tu como vieste, partiste.
Tornando tórrida noite em dia triste.
Que comigo hei de guardar!

Me pergunto, ó Demônio, onde errei?
Como um Anjo não te tratei?
Se fui o culpado não sei...
Me permita outra vez vou tentar!
Outro dia? Outra vida? Saberei!

Uma coisa deve saber!
Eu? Não sou Anjo, nem quero ser!
Sou demônio, ser errante, caído, que um dia,
A mim mesmo, jurei lutaria...
Não viver, nem morrer por amor.

Não contava com tal desatino,
Minhas juras foram em vão, eu garanto!
Sem remorso, tristeza ou pranto.
Mais um dia vivido em mim!

Se és Anjo e eu sou Demônio.
Caberia pra nós outro fim?
Cada qual carregado de sonhos.
Se és luz? Fostes treva pra mim!

Cada beijo uma alucinação?
Ó Céus! O que foram então?
Suspiros mais sinceros que palavras,
Abraços carregados de paixão,
Saudades do que nunca existiu?

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