domingo, 19 de maio de 2013

Um encontro, aquele sorriso, um brinde à vida!


Uma noite de sono, apenas algumas horas. Descansar em paz era tudo o que ele queria. Talvez nem lembrasse mais como era adormecer sem ter com o que se preocupar, sem pensar mais do que coisas boas.

Muitas noites em claro, mas não dessa vez. Seu corpo estava tão bem por encontrar o que há muito tempo procurava, sua mente inquieta e acelerada parecia dizer: enfim estamos em paz.

Era ela, o motivo da paz, o encontro, seu coração, saber que ainda tinha um, não era mais um homem de ferro, o homem de lata dera lugar a um homem de verdade. 

Os olhos dele brilhavam, os dela refletiam a mesma indescritível sensação, aquele momento. Sua roupa guardava cheiro dela, seu rosto a alegria dos dois. Sua boca, além do sorriso, o gosto doce de quem entende que o beijo é um pacto eterno que não pode ser quebrado.

O frio da noite não impediria que seus corpos queimassem, de fogo ele era feito e logo ficou claro que ela compartilhava da mesma natureza. 

E como arderam seus corpos, ela iluminou seu mundo com aquele sorriso!

Algumas horas, talvez pouco mais de quatro, mas foi como se o infinito de muitas vidas estivesse passando diante de seus olhos, muito mais que uma vida inteira a ser desenhada em um primeiro encontro.

Ele voltou a entender que a alegria está na simplicidade da vida, nas pequenas coisas que são sim invisíveis aos olhos.

É verdade, o coração dele pode ter se confundido no passado, muitas vezes, repetidas vezes, mas dessa vez não. 

A alegria de ser, mesmo que por uma noite, restará na memória daquele homem que parecia um menino, e daquela menina que já era mulher. Uma fantástica mulher.

Há se ela soubesse, “que ele se perde cada vez que pensa nela, talvez não deixasse que fossem só pensamentos, o resgataria, para encontrá-lo em seus braços”. Agora ela sabe!

Histórias tão perecidas, tão parecidos, como se realmente estivessem postos perto um do outro por algum motivo maior, lá estavam. Uma história que poderia ser um belo filme, daria uma linda música, mas é realidade, a mágica inexplicável da vida.

E assim, como a magia é a única razão da verdade para os que creem na mágica, somente irão compreender a infinita beleza da vida aqueles que olharem com olhos que busquem o belo. 

E como é bela, talvez a mais bela de todas, ele tem certeza que sim.
O sorriso dela não poderia mudar o mundo, mas pode fazê-lo muito melhor!

Talvez o frio da noite, o nervosismo do primeiro encontro, nada disso tenha sido o bastante para impedir de levá-los a um lugar único, uma mesa de bar, muitos sorrisos.

Presságio de boa sorte e de uma vida farta: - Quebrem-se os copos, tragam mais uma cerveja!
Simplicidade, simplesmente incrível!

E se ela soubesse que sempre a procurou, que esperava por esse momento há anos, que ela é exatamente como sempre sonhou, ainda irá descobri-la, será tudo, será ela. 

Sua pele, seu sorriso, seus olhos e sua risada, é tudo o que ele quer.

Assim a noite acabou, com a vontade de não se separarem, a vontade de que aquele abraço, quase adolescente, em frente ao portão do prédio dela, fosse eterno. Ele flutuou rumo a sua casa, assobiava uma velha canção, voou em seus próprios pensamentos, deitou em sua cama com a vontade ímpar de trazê-la até seu peito, certamente em breve ele trará.

Ela talvez tenha ficado rindo sozinha, deve ter se perguntado o que aconteceu, mas deve ter entendido ser algo inexplicavelmente bom, mágico, verdadeiramente um sonho que é realidade.

Ele, de volta a sua casa, deixou seu corpo relaxar e dormiu o sono dos justos. Seus sonhos? A realidade que com o amanhecer parece ainda mais linda e verdadeira.

Um domingo qualquer para uma vida inteira.   

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