terça-feira, 27 de abril de 2010

Insônia I

Segunda para terça-feira, exatamente duas da manhã, dia 27 de abril de 2010.
Essa noite é uma daquelas que certamente para mim, simples escritor, não precisariam existir. Infelizmente, não sei muito bem como definir noites tais quais essa, todavia, sei que são em noites assim que minha cabeça hiper-ativa acaba por me tirar o sono.
Não é de hoje que sinto essa ansiedade, esse temor, a cabeça quase como se fosse explodir de tanto funcionar. Quando mais novo, toda vez que me punha a pensar em algo que me afligisse o resultado era o mesmo, noites em claro, sonos perdidos, devaneios semi acordado.
É fato que tudo tem um motivo, talvez a minha vida como se encontre, nesse atual momento, me faça pensar mais, temer mais, quase explodir mais. Durante o dia, nas atividades em que encontro prazer (trabalho, estudos e treinos), tudo ocorre da forma normal, como se nada mais importasse, algumas ritalinas, e é como se por cabos conectados ao meu cérebro, nele, só existissem, processos, doutrinas, projetos, leis, pesos, repetições, respectivamente.
Todavia, são em momentos como esse, no frio da noite, na solidão do quarto, quando nem mesmo as bobagens da TV conseguem esvaziar a mente, todos os pensamentos que escondi durante o dia, ressurgem, assombrando e remoendo, fazendo-me perder o sono, a calma, a paciência e a serenidade.
Acreditem, não é fácil, pouco importam os motivos, não me sentiria bem se meus queridos leitores sentissem pena de mim! Não é isso que espero!
Pois bem, voltando, a insônia ... As noites deveriam ter duas finalidades, dormir ou estar acordado. Ao meu ver, quando estamos com insônia não estamos em nenhum desses estados, ficamos como num terceiro estado de percepção, mais próximos do que Castaneda chamaria de Nagual.
Nesse momento de insônia é que meus pensamentos mais íntimos surgem, fazendo-me refletir em segundos tudo o que levariam dias para se analisar. Quando a análise é positiva, tão logo termino, o sono vem e esse escritor é entregue aos braços de Morfeu, quando o resultado não é favorável, o sono some, e é Hades quem governa, levando-me ao submundo, conduzindo-me, em claro, na noite em trevas.
Muitas vezes, os anseios instintivos me mantém acordado, a necessidade de saciar meus primitivos pensamentos também afligem minha alma e perturbam meu sono.
Ser forte não depende só dos muitos quilos que se pesa, ser forte é estar abrigado em um espírito guerreiro, pronto para o que for necessário, enfrentar a vida e quiçá a morte!
Bom ... Cansei de escrever... Enfrentarei Hades! ... Amanhã releio isso aqui!
E como já dizia o Rocky “Temos que permanecer em pé, por mais que a vida nos bata, e sim, ela vai nos bater muito forte! Temos que permanecer em pé!!”

3 comentários:

  1. poo amigo... lindo mesmo... engraçado que quando leio teus textos, me sinto como se tu estivesse falando todas aquelas coisas pra mim... ou seja, és muito sincero e verdadeiro nas tuas palavras. Beijão, te adorooo lindo!

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  2. Baaah, ADOREI!
    Sofro constantemente com a porra da insônia também, e o melhor remédio é escrever sim. Desativei meu blog, mas tô pensando seriamente em ativá-lo de novo! São muitas as noites em claro!
    Cara, e hoje mesmo assisti o filme 'Clash of the titans'! Hades tá aí né!
    hahahahah
    =)
    Beijão!

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  3. Ótimo texto. De um momento sinistro, o da insônia pertubadora com seus anseios e ameaças, surge a inspiração.

    E ao final, a conclusão transparecendo o retorno do sono.

    O OceanoPensante segue o Grito do Ogro.

    ABRAÇO!

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